A garota errada

Sempre fui aquela garota errada. Aquele tipo certo de uma garota errada, sabes, um convite para sair, uma chamada para diversão. Nunca me importei com o que as pessoas iam pensar de mim, personalidade é algo que sempre valorizei. Acho que não devemos ter vergonha de ser o que somos, de dizer do que gostamos e confessar o que sentimos. E eu sou assim, errada. Erro tentando acertar, erro apenas por errar, erro porque de tanto errar já me acostumei.
Sempre fui aquela garota brincalhona, que fala na cara. Que não pensa duas vezes antes de dizer para a amiga que ela está gorda, ou dizer para o namorado que não o quer mais.
Mal interpretada? Sempre fui. Mas eu não ligo, não mesmo. Acho isso uma coisa linda, queria é que todos fossem assim. Sem regular palavras, sem esconder sentimentos. Gostaria que as pessoas parassem com esses seus joguinhos inúteis e começassem a viver plenamente.
Sempre fui o tipo de pessoa intensa, que quer tudo muito, que quer tudo agora, que quer sempre mais! E espanto-me com pessoas que vivem de "quases". Quase sentimento, quase realizadas, quase felizes. Aqui é oito ou oitenta. Ou tu queres muito, ou tu nunca quiseste. Ou tu vais comigo até ao fim do mundo, ou nem me convidas para sair. Ou tu me dizes o que sentes, ou vais embora. Prefiro pessoas de verdade, pessoas que errem e riam dos seus erros, pessoas inteligentes que saibam que erros são necessários para que possamos crescer e aprender. Pessoas que não te iram julgar pelo que tu és ou fazes, quero pessoas de verdade que vivam todos os momentos intensamente, que me abracem forte, que riam comigo até chorar e que joguem tudo para o "alto" e saiam por aí, apenas querendo ser feliz.
Porque na realidade? O mundo precisa de pessoas assim