Tu sabes que ele não presta. Não como eu prestava.
Pode até dar para acalmar um pouco da carência que a tua alma
anseia ou para servir de curativo para as tuas feridas. Mas ele não presta.
Ele faz-te sorrir, mas não gargalhar. Ele alegra-te, mas não te faz
doer a barriga de tanto rir. Ele dá-te forças, mas não te levanta do chão.
Não
estou aqui para julgar o que ele te causa ou o que acrescenta no teu
dia. Na verdade, eu quero que tu sejas feliz, mas não consigo ver-te
tão feliz assim, não depois de ver como nós éramos. Não é que ele seja mau, mas no fundo, no cantinho abandonado das tuas lembranças, tu lembras-te muito bem que o teu sorriso ao meu lado causava inveja nas outras
pessoas. Que tinha um brilho de felicidade pura. E que o teu olhar
revelava o amor da vida toda.
Não tenho nada contra o que a vida nos
reservou ou os caminhos que seguimos, separados. Não tenho nada contra as tuas escolhas e as
consequências delas. Nem nada contra quem te faz feliz e o que esta pessoa
significa para ti. Nada contra a tua nova vida, meu amor, nada mesmo.
Mas deixa-me sussurrar uma última coisa no teu ouvido? Tu ficarias melhor de mãos dadas comigo
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